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ESTENOSE DE CARÓTIDAS
Definição É uma patologia de evolução lenta, caracterizada pela gradual deposição de gordura (colesterol) e plaquetas na artéria carótida, que é o principal vaso de irrigação de cada lado do cérebro, formando assim uma placa aterosclerótica na parede do vaso, promovendo, com sua evolução: a) diminuição do fluxo de sangue em direção ao cérebro; b) oclusão total do vaso afetado; c) liberação de pequenos fragmentos desta placa, levando ao fechamento de vasos de menor calibre que irrigam o cérebro (tromboembolismo). Fatores de risco a) Sedentarismo b) Tabagismo (Fumo) c) Hipertensão arterial (Pressão alta) d) Diabetes e) Dislipidemia (Colesterol alto) f) Obesidade g) História familiar Pessoas com história de doença coronariana tem risco aumentado de desenvolver doença carotídea Sintomas A maioria da pessoas afetadas por esta patologia só apresentará sintomas quando estiver uma fase avançada da doença, promovendo assim alteração importante no fluxo de sangue o que levará um ataque isquêmico transitório (TIA) ou a um Stroke (AVC isquêmico). Os principais sinais e sintomas são: a) Sonolência b) Diminuição da força na face e membros c) Alteração súbita na fala e na compreensão d) Problemas súbitos na visão (em um ou ambos os olhos) e) Tonteiras ou perda do equilíbrio Testes diagnósticos a) Doppler b) AngioTC c) RNM e AngioRN d) Arteriografia cerebral diagnóstica Tratamento O objetivo maior é reduzir ao máximo a possibilidade de ocorrer um AVC, variando suas opções de acordo com a agressividade e estágio da doença. O tratamento demanda uma combinação de fatores que envolve alteração do estilo de vida, medicamentos e em alguns casos procedimentos cirúrgicos. As variações de tratamento são: a) Medicamentoso • Antiagregantes plaquetarios: AAS, Clopidogrel e Ticlopidina são utilizados para diminuir a formação de trombos, favorecendo também fluxo de sangue. • Estatinas: promovem o controle do colesterol diminuindo a formação da placa. • Antihipertensivos: controlam a pressão arterial que um importante fator de risco para a ocorrência de AVCs. b) Cirúrgico • Endarterectomia: procedimento cirúrgico convencional que consiste na retirada mecânica da placa que promove a redução do calibre do vaso. • Angioplastia: procedimento endovascular que busca através da implantação de stent e uso de balões restaurar o calibre normal do vaso afetado pela placa ateromatosa.
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MALFORMAÇÃO ARTERIOVENOSA CEREBRAL (MAV)
Definição Caracteriza-se por ser um emaranhado anormal de vasos que promove uma conexão direta entre os vasos arteriais e as veias, sem haver a interface capilar, sendo assim um sistema de maior fragilidade que esta sob maior pressão. As veias não são estruturas preparadas para receber o sangue sob pressão, então, como forma de adaptação, elas tonam-se mais calibrosas e tortuosas. Os pontos de fragilidade destes pontos que não estão preparados para o sangue sob pressão podem eventualmente romperem e causarem sangramentos (hemorragias intracranianas); ou podem desenvolverem pequenos aneurismas. O tecido normal que circunda a malformação pode sofrer alterações em seu normal funcionamento devido ao chamado “roubo” de fluxo, fazendo com que o sangue arterial se dirija para a MAV e assim não irrigue adequadamente o tecido cerebral. Sintomas Os sintomas podem variar conforme o tipo de malformação, sua localização e ate seu tamanho. Muito comumente as MAVs mais extensas apresentam sintomas com crise convulsiva e cefaleia, enquanto as menores são em sua maioria assintomáticas, normalmente sendo diagnosticada em exames de rotina ou após fenômenos hemorrágicos. O risco de sangramento de uma MAV gira em torno de 2-3% ao ano, tendo uma morbi/mortalidade de 10-30%. É importante salientar que uma vez que ocorre um fenômeno hemorrágico, o paciente tem aumentado para cerca de 13% a chance de uma nova hemorragia durante o primeiro ano. Diagnóstico Os exames diagnósticos são importantes para determinar a localização, o tamanho e o tipo da malformação, além de auxiliar na avaliação das estruturas cerebrais próximas e que se correlacionam com a MAV. São eles:
- Tomografia computadorizada
- Ressonância Nuclear Magnética
- Arteriografia cerebral
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HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA
Definição A hemorragia subaracnóidea (HSA) é um tipo de AVC caracterizado pela presença de sangue em um espaço que circunda o cérebro. A HSA pode ser causada pela ruptura de um aneurisma, de uma MAV ou por um traumatismo craniano; e seu tratamento consiste no controle do sangramento e prevenção do vasoespasmo. O que ocorre? O espaço subaracnóideo é uma área entre o cerebro e o crânio, que esta preenchida por líquor. Quando o sangue está presente neste espaço ele promove uma reação de irritação, aumentando a pressão intracraniana e lesionando células nervosas. Cerca de 80% das HSA’s são causadas pela ruptura de um aneurisma. Essas reações inflamatórias e o aumento da pressão intracraniana levam, em ultima estancia, a uma dificuldade no fornecimento de oxigênio ao tecido cerebral, resultando na morte de tecido nervoso, quando não devidamente tratada. Sintomas da HSA Se você ou alguém próximo vivenciar algum desses sintomas, por favor entre em contato com o socorro médico imediatamente:
- Dor de cabeça de início súbito e de forte intensidade (normalmente descrita com ä pior dor de cabeça da minha vida”).
- Náuseas e vômitos
- Fotofobia (sensibilidade visual a luz).
- Visão dupla ou turva.
- Perda da consciência
- Convulsões.
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ANEURISMAS INTRACRANIANOS
Definição Aneurismas caracterizam-se por serem estruturas saculares que se formam nas paredes dos vaso, principalmente os arteriais, nos quais não encontramos a camada elástica, tornando-os extremamente frágeis e susceptíveis a rupturas. O risco de rompimento relaciona-se com o tamanho, a forma e a localização do aneurisma, sendo opções de tratamento: a observação, clipagem microcirúrgica e embolização. Aneurismas cerebrais incidentais Os aneurismas podem ocorrer em qualquer localização nas carótidas e vertebrais, sendo mais comuns em áreas de bifurcação desses vasos. São locais comuns de ocorrência de aneurisma:
- Segmentos da carótida interna
- Artéria cerebral média
- Artéria cerebral anterior
- Artéria basilar
- Junção vértebrobasilar
- Sacular: É o tipo mais comum, originando-se de um lado da artéria, tendo normalmente um colo bem definido como sua base.
- Fusiforme: O aneurisma origina-se em vários sítios da parade arterial, não sendo evidente um colo de origem.
- Dissecante: Quando evidenciamos uma lesão na parede arterial promovendo a origem de uma segunda luz no vaso.
- Visão dupla
- Pupila dilatada (em apenas um olho)
- Cefaléia
- Alteração do campo de visão.